segunda-feira, janeiro 26, 2009
PAPEL DO EDUCADOR NA CRECHE
Os profissionais que trabalham com bebés e crianças muito pequenas necessitam de qualidades muito especiais e de conhecimentos e formação adequada ao fornecimento de experiências de aprendizagem e desenvolvimento.
O bem-estar e desenvolvimento dos mais pequenos requerem profissionais com conhecimentos sobre o comportamento e desenvolvimento das crianças, capazes de compreender e reconhecer as suas diferentes necessidades e promover a exploração, respeitando a sua curiosidade natural.
O educador deve:
- Permitir o desenvolvimento de relações de confiança e de prazer através de atenção, gestos, palavras e atitudes;
- Estabelecer limites claros e seguros que permitam à criança sentir-se protegida de decisões e escolhas para as quais ela ainda não tem maturidade suficiente;
- Permitir o desenvolvimento de autonomia e autoconfiança sempre que possível;
- Ser verbalmente estimulante, com capacidade de empatia e de responsividade, promovendo a linguagem da criança através de interacções recíprocas e o seu desenvolvimento socioemocional;
- Através de observações cuidadosa, conhecimento e uso imaginativo de diferentes recursos, oferecer actividades interessantes e envolventes que permitam à criança oportunidades de concentração, descoberta e de júbilo pelo sucesso e vitória;
- Ser capaz de articular o jogo e as necessidades das crianças.
O bem-estar e desenvolvimento dos mais pequenos requerem profissionais com conhecimentos sobre o comportamento e desenvolvimento das crianças, capazes de compreender e reconhecer as suas diferentes necessidades e promover a exploração, respeitando a sua curiosidade natural.
O educador deve:
- Permitir o desenvolvimento de relações de confiança e de prazer através de atenção, gestos, palavras e atitudes;
- Estabelecer limites claros e seguros que permitam à criança sentir-se protegida de decisões e escolhas para as quais ela ainda não tem maturidade suficiente;
- Permitir o desenvolvimento de autonomia e autoconfiança sempre que possível;
- Ser verbalmente estimulante, com capacidade de empatia e de responsividade, promovendo a linguagem da criança através de interacções recíprocas e o seu desenvolvimento socioemocional;
- Através de observações cuidadosa, conhecimento e uso imaginativo de diferentes recursos, oferecer actividades interessantes e envolventes que permitam à criança oportunidades de concentração, descoberta e de júbilo pelo sucesso e vitória;
- Ser capaz de articular o jogo e as necessidades das crianças.
Educação de Bebés em Creche – Perspectivas de Formação Teóricas e Práticas, Gabriela Portugal
As Histórias no Jardim-de-Infância
Cabe a cada um de nós, transmitir às crianças, as histórias que fazem parte da nossa cultura popular.
No jardim-de-infância, cabe ao educador criar condições materiais e humanas de verdadeira comunicação para que as crianças possam manifestar os seus interesses e necessidades, exprimir sentimentos, trocar experiências e saberes.
Desenvolver a imaginação, enriquecê-la e, ao mesmo tempo, dar à criança a capacidade de distinguir o maravilhoso do real, é uma das funções do conto. E, nesse campo, a literatura popular fornece-nos um manancial inesgotável. Transmitidas por milhares de pessoas, as histórias passam de geração em geração, são pertença de um património colectivo que é de nós todos.
As histórias foram, ao longo dos séculos, uma forma de literatura e uma “arte” que a criança sabe interpretar melhor que ninguém. È por isso que, segundo Bruno Bettelheim, “nada é mais enriquecedor e satisfatória, quer para a criança quer para adulto, do que o popular conto de fadas” (1975:11).
Não há maneira melhor de transmitir informação densa do que por meio de uma história. Por isso elas têm poder. Os livros e as histórias incorporam esse poder. Cada livro ou história provoca uma reacção na criança, desperta-a.
A literatura infantil, por iniciar o homem no mundo literário, deve ser utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. Sendo fundamental mostrar que a literatura deve ser encarada, sempre, de modo global e complexo na sua ambiguidade e pluralidade.
“Para que uma história possa prender verdadeiramente a atenção de uma criança, é preciso que ela a distraia e desperte a sua curiosidade. Mas, para enriquecer a sua vida, ela tem que estimular a sua imaginação; tem de ajudá-la a desenvolver o seu intelecto e esclarecer as suas emoções; tem de estar sintonizada com as suas angústias e as suas aspirações; tem de reconhecer plenamente as suas dificuldades e, ao mesmo tempo, sugerir soluções para os problemas que a perturbam. Em suma, precisa de estar simultaneamente relacionada com todos os aspectos da sua personalidade – e isto sem nunca a amesquinhar, mas, pelo contrario, dando todo o crédito à seriedade das suas exigências e dando-lhe conjuntamente a confiança em si própria e no futuro.” (Bruno Bettelhem, 1975: 11)
A área de expressão é considerada pelas Orientações Curriculares como a área básica de conteúdos uma vez que reflecte sobre os aspectos fundamentais para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças, tendo em conta diversos instrumentos indispensáveis para as mesmas. (Parafraseando OCEPS, pág. 56)
O educador precisa de conhecer bem o conto e de gostar dele, contando com emoção, embora sem excesso de dramaticidade. É importante que as imagens sejam apresentadas uma de cada vez, pela ordem. “O modo como o educador lê para as crianças e utiliza diferentes tipos de texto constituem exemplos de como e para que serve ler. Na leitura de uma história o educador pode partilhar com as crianças as suas estratégias de leitura, por exemplo, ler o titulo para que as crianças possam dizer do que trata a história, propor que prevejam o que vai acontecer a seguir, identificar nomes e as actividades dos personagens…” (OCEPS, pág. 70)
As histórias que mais agradam podem repetidas várias vezes, desde que sejam solicitadas. “O contacto com a escrita tem como instrumento fundamental o livro. É através dos livros, que as crianças descobrem o prazer da leitura e desenvolvem a sensibilidade estética. Por isso, os livros devem ser escolhidos segundo critérios de estética literária e plástica.” (OCEPS, pág. 70)
É importante ressaltar que o objectivo da história não é dar lições de moral ou passar conceitos e ideologias, mas sim alimentar o mundo imaginário da criança, ajudando-a a compreender melhor o mundo real.
-> Alguns paragrafos da minha monografia "As Histórias no Jardim-de-Infância"
No jardim-de-infância, cabe ao educador criar condições materiais e humanas de verdadeira comunicação para que as crianças possam manifestar os seus interesses e necessidades, exprimir sentimentos, trocar experiências e saberes.
Desenvolver a imaginação, enriquecê-la e, ao mesmo tempo, dar à criança a capacidade de distinguir o maravilhoso do real, é uma das funções do conto. E, nesse campo, a literatura popular fornece-nos um manancial inesgotável. Transmitidas por milhares de pessoas, as histórias passam de geração em geração, são pertença de um património colectivo que é de nós todos.
As histórias foram, ao longo dos séculos, uma forma de literatura e uma “arte” que a criança sabe interpretar melhor que ninguém. È por isso que, segundo Bruno Bettelheim, “nada é mais enriquecedor e satisfatória, quer para a criança quer para adulto, do que o popular conto de fadas” (1975:11).
Não há maneira melhor de transmitir informação densa do que por meio de uma história. Por isso elas têm poder. Os livros e as histórias incorporam esse poder. Cada livro ou história provoca uma reacção na criança, desperta-a.
A literatura infantil, por iniciar o homem no mundo literário, deve ser utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. Sendo fundamental mostrar que a literatura deve ser encarada, sempre, de modo global e complexo na sua ambiguidade e pluralidade.
“Para que uma história possa prender verdadeiramente a atenção de uma criança, é preciso que ela a distraia e desperte a sua curiosidade. Mas, para enriquecer a sua vida, ela tem que estimular a sua imaginação; tem de ajudá-la a desenvolver o seu intelecto e esclarecer as suas emoções; tem de estar sintonizada com as suas angústias e as suas aspirações; tem de reconhecer plenamente as suas dificuldades e, ao mesmo tempo, sugerir soluções para os problemas que a perturbam. Em suma, precisa de estar simultaneamente relacionada com todos os aspectos da sua personalidade – e isto sem nunca a amesquinhar, mas, pelo contrario, dando todo o crédito à seriedade das suas exigências e dando-lhe conjuntamente a confiança em si própria e no futuro.” (Bruno Bettelhem, 1975: 11)
A área de expressão é considerada pelas Orientações Curriculares como a área básica de conteúdos uma vez que reflecte sobre os aspectos fundamentais para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças, tendo em conta diversos instrumentos indispensáveis para as mesmas. (Parafraseando OCEPS, pág. 56)
O educador precisa de conhecer bem o conto e de gostar dele, contando com emoção, embora sem excesso de dramaticidade. É importante que as imagens sejam apresentadas uma de cada vez, pela ordem. “O modo como o educador lê para as crianças e utiliza diferentes tipos de texto constituem exemplos de como e para que serve ler. Na leitura de uma história o educador pode partilhar com as crianças as suas estratégias de leitura, por exemplo, ler o titulo para que as crianças possam dizer do que trata a história, propor que prevejam o que vai acontecer a seguir, identificar nomes e as actividades dos personagens…” (OCEPS, pág. 70)
As histórias que mais agradam podem repetidas várias vezes, desde que sejam solicitadas. “O contacto com a escrita tem como instrumento fundamental o livro. É através dos livros, que as crianças descobrem o prazer da leitura e desenvolvem a sensibilidade estética. Por isso, os livros devem ser escolhidos segundo critérios de estética literária e plástica.” (OCEPS, pág. 70)
É importante ressaltar que o objectivo da história não é dar lições de moral ou passar conceitos e ideologias, mas sim alimentar o mundo imaginário da criança, ajudando-a a compreender melhor o mundo real.
-> Alguns paragrafos da minha monografia "As Histórias no Jardim-de-Infância"