quinta-feira, abril 26, 2007

Andarilhos: Não os deixe entrar lá em casa

2007/03/04
Patrícia Lamúrias

Um bebé em cima de rodas à solta pela casa arrisca-se a atingir velocidades descontroladas, que dificilmente um adulto conseguirá travar. Além disso, os andarilhos podem atrasar a aquisição da marcha.
Andarilhos, aranhas, voadores, andadores.
Existem com vários nomes e em diversos tamanhos, mas assemelham-se na forma.
Meia dúzia de rodas dispostas em círculo «ajudam» o bebé a manter-se na vertical, antes de estar preparado para essa posição, e a deslocar-se em pé, quando ainda devia estar a tentar gatinhar.
Em cima do andarilho, dando balanço com os pés no chão, uma criança pode atingir velocidades de um metro por segundo, movendo-se pelo espaço sem qualquer controlo.
A rapidez com que se desloca não permite aos pais, na maior parte dos casos, reagir a tempo de impedir um acidente.
Quedas de escadas ou tropeções em desníveis, que fazem o andarilho virar-se ao contrário, levando o bebé bater com a cara ou cabeça no chão, são os acidentes mais frequentes.
Mas os riscos de ter um bebé sobre de rodas, sem estar preparado para tal, são muitos mais.
A perigosidade dos andarilhos levou a APSI, Associação para a Promoção da Segurança Infantil, e a SPP, Sociedade Portuguesa de Pediatria, a desenvolver um estudo piloto da incidência nacional de lesões associadas a acidentes com andarilhos.
A investigação ainda está a decorrer e as conclusões deverão ser apresentadas perto do final deste ano, altura em que a APSI apresentará uma nova campanha contra a utilização de andarilhos.
Os últimos dados do EHLASS (Sistema Europeu de Vigilância de Acidentes Domésticos e de Lazer, coordenado pelo Instituto do Consumidor) referentes a Portugal, remontam a 1998 e contabilizam 850 acidentes com andarilhos por ano.
Estes números referem-se apenas a lesões suficientemente graves para obrigar a recorrer a um serviço de urgência hospitalar.
De fora ficam os casos em que a criança é tratada em casa ou levada a outros serviços de saúde. As idades mais afectadas situam-se entre os 6 e os 15 meses.
Cerca de metade dos casos correspondem a quedas de escadas. Mais de 60 por cento das crianças acidentadas sofrem traumatismos cranianos.
Em Abril de 2004, o Canadá tornou-se o primeiro país a proibir os andarilhos. O ministro da Saúde do país anunciou a medida, lembrando «os perigos a que as crianças ficavam expostas com a utilização de andarilhos».
Desde 1989 que muitas marcas já tinham deixado de comercializar voluntariamente este tipo de artigos, o que terá originado uma espécie de mercado negro durante esse período. Os acidentes continuaram a acontecer e o governo decidiu tomar medidas extremas: a proibição.
Multas e apreensão do andarilho são as penas para quem for encontrado na posse de um neste país.
Em Portugal, como noutros países, cabe aos pais evitar os acidentes com os andarilhos. A única solução possível é não comprar, não receber, não usar.
A supervisão de um adulto não é suficiente para impedir quedas, queimaduras ou embates. «Em mais de 50 por cento dos acidentes com andarilhos há um adulto por perto.
Só que, quando se apercebe, já não tem tempo para reagir», esclarece Helena Cardoso Menezes, presidente da APSI.
Entre as dicas aos pais sobre segurança infantil, a APSI desaconselha totalmente a utilização de andarilhos.
Na última campanha, em 1998, o slogan era bem claro: «Diga não aos andarilhos».
No spot televisivo via-se um boneco dentro de um andarilho a tropeçar num degrau e a cair com a cabeça no chão, a chocar com a cabeça no tampo de uma mesa ecaindo pelas escadas abaixo. Imagens arrepiantes que, em breve, vão voltar à televisão.
«As normas europeias de segurança para os andarilhos referem apenas a largura do arco, que deve ser suficientemente grande para impedir a passagem por certos sítios, e o sistema de travagem, que, no caso de uma roda ficar no ar, deve obrigar as outras a travarem», explica Helena Cardoso Menezes, deixando claro que são medidas insuficientes.
«Os andarilhos são, isoladamente, os equipamentos de puericultura que mais acidentes graves provocam na faixa etária entre os 6 e os 15 meses».
Inimigos da marcha
O perigo de acidentes não é o único problema dos andarilhos.
«O facto de a criança ficar em pé no andarilho impede-a de rolar, sentar-se ou gatinhar, que são as bases para a aquisição da marcha.
Quanto mais praticar estas etapas, mais depressa aprenderá a andar.
Além disso, como o bebé anda na ponta dos pés, causa tensão nos músculos das pernas, atrasando o desenvolvimento motor em geral», explica Elsa Rocha, pediatra no Hospital de Faro. «Os andarilhos são um contra-senso, uma vez que são desenhados para pôr a criança numa posição que não é a ideal para o seu desenvolvimento naquele momento», clarifica Elsa Rocha, que também é uma das responsáveis pelo estudo da SPP sobre andarilhos.
A pediatra reforça ainda a inutilidade dos andarilhos, alertando para os perigos que lhe estão associados: «São completamente contra-indicados. Mesmo que sejam utilizados durante pouco tempo, não fazem bem nenhum. É fundamental alertar os pais. A maior parte não tem noção de que os andarilhos são um objecto perigoso e sem qualquer tipo de vantagem.» Proibir a venda de andarilhos seria a solução? «Proibir apenas em Portugal não fará muito sentido, pois facilmente se compraria um andarilho em Espanha.» A discussão sobre o perigo dos andarilhos já fez correr muita tinta pelo mundo fora, principalmente no Reino Unido e nos EUA. A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda a proibição de andarilhos desde 1995. No entanto, e apesar de em 2001 terem sido registados mais de seis mil acidentes com crianças em andarilhos, o governo americano ainda não tomou qualquer medida nesse sentido. Ao longo destes anos, a AAP tem feito vários comunicados dirigidos aos pais, desencorajando-os a comprar os aparelhos. Em Portugal, a recomendação surge até no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil: «Os andarilhos (aranhas, voadores) provocam muitos acidentes: quedas, entalões, queimaduras, pancadas na cabeça, e não ajudam a andar, pelo contrário, podem atrasar», lê-se nos conselhos aos pais.
Os especialistas recomendam ainda, a quem tiver um andarilho em casa, que, antes de o deitar para o lixo, o destrua até ficar inutilizado, para que ninguém possa mesmo voltar a usá-lo.

Principais perigos associados aos andarilhos


- quedas de escadas ou de outros desníveis, que levam o andarilho a virar-se ao contrário, podendo provocar traumatismos da face e do crânio
- choque com adultos que trazem líquidos quentes, originando queimaduras
- entalões ao passar por portas
- embates com a cabeça no tampo das mesas, uma vez que o aro do andarilho passa por baixo da mesa
f-acilidade de acesso ao topo de fogões, mesas, fios eléctricos, produtos que podem causar intoxicações, etc
- quedas em piscinas ou em lareiras

Estudo comprova atraso no desenvolvimento

Um estudo publicado no British Medical Journal, em Junho de 2002, arrasou de vez com as teorias que diziam que os andarilhos estimulavam a aquisição da marcha.

Uma investigação da Universidade de Fisioterapeutas de Dublin concluiu que por cada 24 horas em cima de um andarilho, um bebé atrasava o início da marcha mais de três dias.

Para chegar a estes números, os investigadores analisaram a evolução do desenvolvimento motor de 190 bebés saudáveis.

Segundo explicaram, os bebés que utilizam andarilhos «andam sem carregar o peso do próprio corpo, o que faz com que os seus músculos e ossos não se desenvolvam normalmente».

Retirado daqui

domingo, abril 22, 2007

Para quem quiser...

Caderno do Iuque

Histórias

Caderno de Actividades

A arte de fazer fantoches

Fichas

Boneco Formas

As Descobertas do Malaquias


Quem precisar de algo diga, se tiver partilho.
E se precisarem de alguma explicação sobre algo que esteja no meu blog perguntem, se souber explicar, explicarei.
Obrigada a todas as visitas. Voltem sempre.

quarta-feira, abril 18, 2007

No meu Mundo Encantado











Algumas coisinhas que se vão fazendo pelo meu Mundo Encantado, desde plantar flores a visitar uma quinta pedagógica.

Dia da Mãe

Dás tudo o que tens, por mim
Isso aí eu não duvido.
Amo-te como ninguém
Deixa-me dizer-to ao ouvido
Às vezes sou muito chato
Mas tens uma paciência tal...
A mãe perdoa sempre tudo
És mesmo MUITO, MUITO ESPECIAL.
Retirado daqui

O que é o Dia da Mãe?

Como talvez saibas, o Dia da Mãe foi oficialmente criado pela norte-americana Anna Jarvis, que perdeu a sua mãe em 1904. Mas a História deste dia começou muito antes, há mais de 2000 anos!

As mais antigas celebrações do Dia da Mãe estão ligadas à comemoração do início da Primavera, na Grécia Antiga. Estes festejos eram em honra da Deusa Rhea, mulher de Cronos e mãe de todos os deuses desta cultura.

Por seu turno, em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cibele, a mãe dos deuses romanos. O dia dedicado a esta deusa foi criado cerca de 250 anos antes do nascimento de Cristo.

Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava no 4º Domingo da Quaresma (os 40 dias antes da Páscoa) um dia chamado "O Domingo da Mãe", dedicado a todas as mães inglesas. Nesta época, a maior parte da classe baixa inglesa trabalhava longe de casa e vivia com os patrões. Assim, no Domingo da Mãe, os criados tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar a casa e passar esse dia com a sua mãe.

Sabias que a primeira vez que se falou realmente num dia especial só para mães foi nos Estados Unidos em 1872? Julia Ward Howe e algumas colegas uniram-se para lutar contra a guerra e, segundo elas, o Dia da Mãe seria um dia de paz.
Só em 1904 é que a ideia começou a pôr-se em prática. Quando a mãe morreu, Anna Jarvis começou a chamar a atenção das pessoas para a importância de um dia especialmente dedicado a todas as mães. Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, conseguiu celebrar o primeiro Dia da Mãe.

Nesse dia, Anna Jarvis enviou à igreja onde estava a ser feitas as comemorações 500 cravos brancos. Estas flores deviam ser usadas por todos e simbolizavam todas as coisas boas da maternidade.

Ao longo dos anos esta senhora enviou mais de 10 mil cravos para a igreja: - encarnados para as mães ainda vivas e - brancos para as já desaparecidas. Sabias que ainda hoje os cravos são mundialmente considerados os símbolos da pureza, força e resistência das mães?

O objectivo deste dia é dar mais atenção à importância das mães, pensar nelas, conversar, oferecer presentes e descobrir novas maneiras de lhes dar felicidade!

Em 1911, o Dia da Mãe foi celebrado em praticamente todos os Estados Unidos da América e, em 1914, o presidente declarou oficialmente e a nível nacional o 2º Domingo de Maio como o Dia da Mãe.

Hoje em dia, celebra-se o Dia da Mãe com pouco conhecimento de como tudo começou. No entanto, podemos identificar-nos com o respeito, o amor e a honra demonstrados por Anna Jarvis.

Apesar de cada país escolher datas diferentes ao longo do ano para festejar o Dia da Mãe, o objectivo é sempre o mesmo: homenagear aquela que nos põe no mundo!

Em Portugal, até há alguns anos atrás, o Dia da Mãe era comemorado a 8 de Dezembro. Sabias que este é o dia de Nossa Senhora da Conceição, ou seja, o dia de Nossa Senhora como mãe. Por isso foi escolhido este dia.
Actualmente, em Portugal, o Dia da Mãe é comemorado no 1º Domingo de Maio!
Retirado daqui

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails