NARRADOR: A vida corria tranquila naquele povoado. As pessoas trabalhavam nos campos e por todo o lado se viam campos de milho pronto para ser cortado. Estava-se na época das desfolhadas. Só algo parecia ser diferente: era a Casa dos Três Pinheiros. Tratava-se de uma antiga construção do século passado, que estava abandonada, e até havia quem dissesse que ali vivia um fantasma. Pois bem, nessa casa estava-se a passar algo muito estranho.
No fim da tarde, o Bruno e a Sara voltavam a casa de bicicleta pelo caminho do bosque. Eram as últimas tardes de Verão e eles gostavam de escutar os passáros e ver os bichinhos que ali viviam.
No fim da tarde, o Bruno e a Sara voltavam a casa de bicicleta pelo caminho do bosque. Eram as últimas tardes de Verão e eles gostavam de escutar os passáros e ver os bichinhos que ali viviam.
BRUNO: É uma pena que o Verão esteja a terminar, não é, Sara?
SARA: Sim, mas as outras estações também são formosas. Olha, parece que está alguém na casa dos Três Pinheiros!
BRUNO: Que estranho. Quem andará por lá ?
SARA: Vais ver que há lá mesmo um fantasma.
NARRADOR: Os meninos foram-se aproximando da mansão.
SARA: Estou a ficar com um pouco de medo. E tu?
BRUNO: Não tenhas medo! Certamente é alguém que acabou de se mudar. Vamos ver !
NARRADOR: Bruno e Sara aproximaram-se de uma janela que estava entreaberta e olharam para o interior. Eles viram a uma formosa rapariga que cantarolava uma melodia enquanto cozinhava.
BRUNO: Estás a ver?!! Era o que eu dizia: é uma nova vizinha.
NARRADOR: Os meninos entraram na casa e viram que nem parecia que estava há tantos anos abandonada: tinha almofadas, cortinas e os movéis não tinham nem um bocadinho de pó.
SARA: Tudo está tão lindo! Você deve ter tido muito trabalho para deixar tudo isto limpo !
FADA: É verdade... Mas sentem-se e provem as compotas e bebam sumo. É tudo para vocês.
MENINOS: Para nós? Mas, como, se você não sabia que a gente vinha?! Ou sabia ?
FADA: Como não ia saber se eu sei de tudo?!
MENINOS: Tudo ?
FADA: Sim, tudo! Eu sou Tatiana, a Fada do Outono.
MENINOS: Uma fada?! Nós nunca vimos uma!
NARRADOR: Tiana trouxe um prato com muitas torradas estaladiças.
SARA: Ah, que saborosas! Podemos comer ?
FADA: Mas é claro ! Para isso as fiz.
NARRADOR: Os garotos aproximaram-se para provar as compotas, quando escutaram uns murmúrios. Olharam, sobressaltados, para cima de um armário e viram três potes que pareciam ser de ouro.
SARA: Aqueles potes são mágicos?
FADA:Sim! São potes mágicos. Ensinam a amar o Outono. Recordas que eu sou a fada do Outono; eu sacudo as árvores com a minha varinha para que as folhas caiam e vou pintando o bosque de cores douradas com um pincel mágico. Já não falta muito para começar a usar os meus poderes mágicos.
NARRADOR: O Bruno e a Sara estavam tão entusiasmados que a fada Tatiana foi buscar os potes e pousou-os em cima da mesa.
SARA: Que potes tão bonitos ! O que guardas aí?
FADA: Neste primeiro guardo o vento do Outono.
MENINOS: Uauuuuu !
FADA: No segundo guardo as primeiras chuvas do Outono e no terceiro guardo os raios do sol de Outono.
BRUNO: Que bonito deve ficar o Outono !
SARA: E para que os guardas aí ?
FADA: Quando o Verão está a terminar , eu levanto as tampas dos três potes e deixo sair o vento, a chuva e os raios dourados de sol.
BRUNO: Pois sim, o Outono vai ser bonito.
FADA: Claro! Todas estações são bonitas, só é preciso que se aprecie a Natureza em redor.
NARRADOR: O Bruno e a Sara compreenderam que o Outono também era bonito. Correram para casa , e, quando chegou o Outono, saudaram o vento, os raios do sol...e até a chuva. Tatiana, a fada do Outono, passeava pelo céu, de bicicleta, pintando a Natureza de amarelo, dourado, castanho e vermelho.
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